terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

LANCES OCORRIDOS EM JOGOS DO VIII CAMPEONATO BRASILEIRO DE BEISEBOL INTERCLUBE – CATEGORIA 30 ANOS (TRINTÃO)– REALIZADOS NO ESTÁDIO MIE NISHI NOS DIAS 22 e 23/02/2014

1) ARREMESSADOR SIMULA UM LANÇAMENTO À 2ª BASE
 
Corredor na 1ª e 2ª base. O arremessador deu um passo diretamente na direção da 2ª base e simulou um ‘kensei’*. O “coach” da equipe na ofensiva reclamou, alegando que o arremessador cometera “balk”. (Argumentou que a regra foi alterada, e que o arremessador é obrigado a lançar cada vez que dá um passo em direção a uma base.)  Os árbitros, corretamente, não aceitaram a reclamação.
 
Alteração na Regra 8.05 (c)

Nova redação do Comentário – Regra 8.05 (c): Enquanto está em contato com o “pitcher’s plate”, o arremessador deve dar um passo diretamente em direção a uma base antes de lançar a essa base. Se um arremessador muda a direção do pé livre, ou gira sobre esse pé sem realmente dar um passo, ou vira o seu corpo, e lança antes de dar o passo, o árbitro deve declarar um “balk”.
 
Um arremessador deve dar um passo diretamente em direção a uma base antes de lançar a essa base; ele é obrigado a lançar cada vez que dá o passo (exceto para a 2ª base). É um “balk” se, com corredor na 1ª e 3ª base, o arremessador dá um passo em direção à 3ª base só para blefar (fazer o corredor voltar à base) e não lança; em seguida, vendo o corredor da 1ª base partir em direção à 2ª base, vira, dá um passo em direção à 1ª base e lança a essa base. É legal o arremessador simular um lançamento à 2ª base.
 
*’Kensei’ é um termo japonês. Fazer ‘kensei’ significa reprimir, sustar a ação ou movimento de, conter, reter, segurar etc. No beisebol, esse termo é usado para designar aquela jogada em que o arremessador tenta segurar o corredor na base, ou eliminar o corredor que está fora da base.
 
2) BATEDOR MOVE  O “BAT” ATÉ A FRENTE DO CORPO PARA TENTAR FUGIR DE UM ARREMESSO
 
No momento em que se afastou para fugir de um arremesso ‘in koona’*, o batedor moveu o “bat” até a frente do seu corpo. O árbitro de “home” declarou “BALL”. A pedido do receptor –que interpretou esse movimento do “bat” como meio-“swing”–, o árbitro de “home” consultou seu companheiro da 1ª base, e este fez o gesto de “strike”, confirmando que houve meio-“swing”. A equipe na ofensiva reclamou, mas a decisão foi mantida.
 
Decisão equivocada. Não houve meio-“swing”; o batedor movimentou o “bat”, involuntariamente, quando se afastou para evitar ser atingido pelo arremesso.
 
*'In koona’ vem do inglês “in corner” (in k’órna ), que significa canto interno. Arremesso ‘in koona’ é aquele direcionado ao canto (lado) interno da zona de “strike” do batedor. 
 
3) DECISÃO PRECIPITADA DO ÁRBITRO DE “HOME”
 
O batedor fez “swing”. A bola triscou o “bat” e foi diretamente ao “mitt” do receptor. Como isso ocorreu quando havia dois “strikes” sobre o batedor, o árbitro de “home”, precipitadamente, declarou o terceiro “strike” –achou que foi “foul tip”*– e eliminou o batedor. Ocorre que a bola bateu no “mitt” e foi ao solo. O batedor ficou parado perto do “batter’s box”. Houve reclamação da equipe na ofensiva. O árbitro da 1ª base, consultado sobre o lance, corrigiu o equívoco (sinalizou um “foul ball”).  
 
*“Foul Tip” é uma bola rebatida que vai brusca e diretamente do “bat” às mãos do receptor e é agarrada legalmente. Para ser um “foul tip”, portanto, a bola tem de ser agarrada legalmente pelo receptor.

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