ÁRBITRO DE “HOME”
Obviamente, o árbitro de “home” tem a responsabilidade de decidir se um
arremesso é “ball” ou “strike”. Também responsabiliza-se pelas decisões
“fair”-“foul” ao longo das linhas de “foul” –até certo ponto; esse ponto é a
base. Há sempre um árbitro posicionado ao longo de cada linha de “foul”; assim,
o árbitro de “home” decide “fair”-“foul”
em bola rebatida que é tocada ou apanhada antes de chegar à base; o árbitro de
base (da 1ª ou 3ª base) dá a decisão “fair”-“foul” sobre bola rebatida que
chega ‘voando’ à base ou que chega à base sem ser tocada. Quando uma bola
rebatida não tocada atinge a base, o árbitro de base deve dar a decisão. Em
caso de a visão de um dos árbitros estar encoberta por um defensor, ele tem de
solicitar o auxílio de um companheiro que esteja em melhor posição para ver o
lance (não ‘transfira’ a decisão para outro árbitro, mas peça sua ajuda). Isso
ocorre quando o árbitro de “home” está encoberto numa decisão “fair”-“foul” antes da base ou quando o árbitro da 1ª base
ou 3ª base está encoberto numa decisão “fair”-“foul” na base ou além da base.
Quando uma bola “line drive” vai diretamente na direção do
árbitro da 1ª/3ª base e faz esse árbitro se mover de sua posição inicial, a
responsabilidade da decisão “fair”-“foul” passa a ser do árbitro de “home”. Embora
a bola tenha ultrapassado a base, o árbitro da 1ª/3ª base talvez não esteja
adequadamente posicionado para dar a decisão. Esta situação é diferente daquela
de ‘visão encoberta’ há pouco descrita, na qual o árbitro da 1ª/3ª base tem
ajuda do árbitro de “home”, mas continua sendo o responsável pela decisão.
Quando uma rebatida “ground” forte, após ultrapassar a 1ª/3ª
base, vai em direção ao espaço entre o defensor da 1ª base e a linha de “foul”
do jardim direito ou entre o defensor da 3ª base e a linha de “foul” do jardim
esquerdo, o árbitro da 1ª/3ª base –respectivamente– tem de ‘perseguir’ a bola
para ver o que acontece. Isso é aplicável somente quando o campo não está totalmente
fechado (por exemplo, há uma abertura na cerca), ou quando há um “bull pen”
(área onde os jogadores fazem aquecimento) em território “foul”, que pode
provocar uma Interferência). Em ambos os casos, a presença de um árbitro perto
do lance pode evitar muitos problemas e discussões.
As responsabilidades no campo externo são mais do que
simples. Praticamente não há. Um dos três árbitros de base toma as decisões
sobre as tentativas de apanhar a bola no campo externo.
O árbitro da 1ª/3ª base encarrega-se de todas as decisões “fair”-“foul”
em bolas rebatidas que ultrapassam as
bases sem tocar o solo.
As tentativas de efetuar uma pegada legal (“catch”) no campo
interno são um pouco complicadas, mas isso é assim independentemente do número de árbitros que estão no campo. A cobertura mais eficaz se consegue quando o
árbitro de “home” dá a maioria das decisões, já que o defensor que faz a jogada
raramente encobre a sua visão. O árbitro da 1ª/2ª/3ª base se encarrega da
decisão se um defensor que está se movendo em sua direção tenta efetuar a
defesa (“catch”). Por exemplo, quando o árbitro da 2ª base está no campo
externo, o interbases ‘mergulha’ para a sua direita a fim de apanhar uma bola
rebatida “line drive” baixa: o árbitro da 3ª base tem a melhor visão do lance, e
deve dar a decisão. A tentativa de apanhar a bola acontece geralmente entre o
árbitro da 3ª base e o corpo do interbases. Num “fly” curto entre o “home plate”
e o “backstop” (tela de proteção), o árbitro de “home” deve olhar a bola
rebatida e afastar-se imediatamente do receptor;
deve continuar olhando o receptor (não a bola) e correr decididamente até uma
posição que lhe permita um bom ângulo para ver a tentativa de apanhar a bola.
Pouco antes de o receptor se aproximar do “backstop”, o árbitro de “home” deve
olhar a bola para ver se ela toca a cerca.
Quando a bola é rebatida, o árbitro de “home” deve fazer uma
das quatro coisas: (1) afastar-se do receptr e ir alguns passos à frente para
ter uma visão clara da situação (nenhum corredor em base); (2) acompanhar o
batedor na direção da 1ª base até a marca dos 45 pés, para ajudar o árbitro da
1ª base caso ocorra uma jogada fora do normal (nenhum corredor em situação de
anotar ponto); (3) permanecer na sua posição porque um corredor pode avançar na
direção do “home plate”; (4) mover-se na direção da 3ª base quando uma bola
rebatida faz o árbitro da 3ª base ir ao campo externo.
Durante o jogo, os árbitros devem conversar o menos possível/ou até tentar abster-se de
conversar com jogadores, “coaches”, técnicos e outros árbitros do grupo. Em
algumas situações, pode haver necessidade de conversar com seus companheiros nos
intervalos entre “innings” (por exemplo, quando as mecânicas de arbitragem não
estão funcionando bem e querem evitar
que os erros se repitam). A fim de evitar que os árbitros tenham de gritar para
chamar a atenção de seus companheiros, deve ser usado um sinal. Se um árbitro quer
conversar com um companheiro depois da próxima metade de “inning”, deve cruzar os
braços na frente do peito olhando o árbitro com quem quer se comunicar (quando
ele olha em sua direção). Esse árbitro reconhecerá o seu gesto, fazendo o mesmo
sinal. Lembrem-se que os árbitros não devem conversar logo depois de uma
situação problemática ou de uma decisão questionável. Nesses casos, devem deixar a
conversa para a próxima metade de “inning”.
Fonte: Manual de Arbitragem da Federação Internacional de Beisebol (IBAF – International BAseball Federation)
Fonte: Manual de Arbitragem da Federação Internacional de Beisebol (IBAF – International BAseball Federation)
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